Na semana anterior, fizemos uma revisão geral sobre as comunicações interventriculares (CIVs) e publicamos vídeos das do tipo perimembranosas (as mais comuns). A partir de hoje, vamos ilustrar os outros tipos de CIVs, começando pelas musculares, que representam de 5 a 20% de todos os defeitos do septo interventricular.
Tópicos
1- Eixo Longo Paraesternal
Útil na visualização dos defeitos do septo interventricular e a dilatação das câmaras esquerdas. Se angularmos o eixo anteriormente, podemos avaliar se existe displasia, estenose (relativa ou verdadeira) ou refluxo da valva pulmonar e/ou hiperfluxo pulmonar.
Eixo Longo Paraesternal. Pequeno defeito do septo interventricular, próximo ao ápice do ventrículo esquerdo, com ventrículos de tamanho e função sistólica normais. VSD: defeito do septo interventricular. IVS: septo interventricular. LV: ventrículo esquerdo. RV: ventrículo direito. LA: átrio esquerdo. MV: valva mitral. AV: valva aórtica. V septum: septo ventricular.Eixo Longo Paraesternal, com angulação anterior para a valva pulmonar. Dois pequenos defeitos do septo interventricular anterior. VSD: defeito do septo interventricular. LV: ventrículo esquerdo. RVOT: via de saída do ventrículo direito. PV: valva pulmonar. MPA: tronco da artéria pulmonar.
2- Eixo Curto Paraesternal
Considerada uma excelente janela para avaliação dos defeitos do septo interventricular, desde sua base até o ápice, em suas porções anterior, média e posterior, assim como para observar se existe dilatação do ventrículo esquerdo.
Eixo Curto Paraesternal. Na primeira imagem, existe uma pequena CIV muscular na região média do septo interventricular, com shunt esquerda-direita. Na imagem comparativa, o caso de outro paciente, com duas pequenas CIVs, uma na região anterior e outra na região média do SIV, também com shunt esquerda-direita. VSD: defeito do septo interventricular. LV: ventrículo esquerdo. RV: ventrículo direito. AL: músculo papilar ântero-lateral. PM: músculo papilar póstero-medial.
3- Apical 4 Câmaras
Ideal para visualizar defeitos do SIV, principalmente os apicais, e avaliar a existência de dilatação de câmaras.
Graduada em medicina, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É pós-graduada em Cardiologia, pela Funcordis, e em Ecocardiografia, pela ECOPE. Possui título de Especialista em Cardiologia, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
👍 ótimo.
Muito obrigada!!