O blog da ECOPE tem o objetivo de otimizar e proporcionar uma continuidade de aprendizado e troca de conhecimentos, seguindo este conceito, falaremos sobre algumas Dicas para Otimizar a Imagem Ecocardiográfica.
- Otimizar uma imagem de ultrassom é uma habilidade essencial durante um exame. Para tanto há a necessidade de um conhecimento de alguns dos parâmetros que fazem parte da formação da imagem: compress, Foco e Mapas.
Compress – Dynamic range (DR) ou escala dinâmica
É um parâmetro importante da escala de cinza, além de ajustar a aparência dos tons de cinza, altera a proporção entre as mais altas e as mais baixas amplitudes dos ecos, sinais elétricos, recebidos pelo transdutor (Figura 1).
- BAIXAR O COMPRESS
Baixar o Compress serve para otimizar uma imagem e melhorar a diferenciação das estruturas com ecogenicidades distintas, ou seja, definir melhor a interface entre sangue e tecido.
- Na ultrassonografia geral, utiliza-se, esse parâmetro mais alto, para aumentar a diferenciação de estruturas com ecogenicidades muito tênues, ou seja, muito próximas e assim definir melhor diferenças sutis dos tecidos (Figura 2 A e B).
Na ecocardiografia, é necessário fornecer tons de cinza suficientes para discernir melhor as bordas do endocárdio e a interface entre líquido (sangue) e tecido (miocardio), portanto a configuração da faixa dinâmica pode ser ajustada a um valor em torno de 50 – 60% (Figura 3A, 3B, 3C e 3D).
Foco – ou Zona Focal
É a região de maior estreitamento do feixe, através do qual, a forma do feixe é alterada e o posicionamento da região estreitada (Fig. 4).
- MELHORAR O PONTO FOCAL
O foco deve ser ajustado na mesma profundidade da estrutura de interesse, movendo o ponto focal, muda-se a resolução ótima do feixe de ultrassom.
- Existe ainda a opção de acrescentar vários pontos focais ou aumentar o tamanho da região focal. Melhorando a resolução temporal, lateral e de detalhes no local da zona focal. (Fig. 5).
Para imagens ecocardiográficas, um único ponto focal ou uma zona focal estreitada é usada para manter as taxas de quadros altas e melhor resolução temporal. (Fig. 6).
- Caso utilize-se vários pontos ou zonas focais aumentadas, pode-se diminuir a taxa de quadros e consequentemente a resolução temporal.
Mapas – ou escala de cinza
- Os mapas definem os tons de cinza progressivos entre o preto e o branco da imagem:
Quanto menor a escala de cinza, maior o contraste;
Quanto maior o número de tons, maior será o número de pontos com diferentes tonalidades de cinza na imagem;
- Em ecocardiografia, certos mapas de tons de cinza podem definir melhor uma patologia específica ou podem ser mais adequados para um determinado tipo específico de paciente. (Fig. 7)
A manipulação do sinal é apresentada como uma série de mapas em escala de cinza que permite ao operador selecionar uma configuração que melhor exiba imagens para um determinado biotipo ou mesmo preferência pessoal do operador. (Fig. 8 e 9).
Figura 8. Diferentes mapas mostram diferenças nas interfaces tissulares, principalmente na parede interna dos vasos.
A percepção do olho humano é limitada (consegue captar mais de 32 variações de cinza e menos que 64). Os aparelhos utilizam faixas que varia entre 64 e 256 tons de cinza. Quando na verdade, a observação é do conjunto de tons de cinza próximos e não um tom de cinza em separado.
Retomando, resumidamente o que foi analisado e estudado nos dois primeiros posts do blog:
Para melhorar a resolução:
- Aumentar o ganho geral
- Mover os TGCs mais inferiores para a direita
- Ajustar a profundidade
- Reduzir a largura do setor
- Aumentar o Compress (DR, dynamic range)
Para tornar a imagem mais contrastada:
- Diminuir o Gain
- Mover os TGCs para a esquerda
- Diminuir o Compress (DR, dynamic range)
- Mudar o Map para mais contrastados (os mais baixos
A otimização de imagem é um conhecimento muito salutar para o trabalho do profissional de ecocardiografia. Conhecer suas nuances, técnicas e as novas tecnologias que as máquinas podem oferecer é muito importante para favorecer o diagnóstico efetivo e eficaz.
Próximo post falaremos sobre: Smooth, Persistência e Reject.
Até breve!
Para mais conteúdo como esse, continue acompanhando nosso blog!
Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Pós-graduação: Especialização em Biologia “Latu – Sensu”, pela UFPE e mestrado em Morfologia, no Departamento de Anatomia da UFPE. Docente na rede pública e particular do segundo grau na cidade de Recife, nas áreas de Ciências e Biologia. Professora da disciplina de Citologia, Histologia e Embriologia da UFPE. Experiência de 15 anos na Empresa Philips como Application. Ministra cursos de Otimização para Ultrassonografia, Radiologia, Ecocardiografia e Vascular.
[…] de nossa conversa sobre a otimização de imagem, já abordados nos artigos anteriores (parte 1 e parte 2), vamos falar neste terceiro post ECOPE sobre os seguintes temas: Persistência, Smooth e […]
Estes comandos são de fundamental importância para uma imagem de boa qualidade.