Cisto Pericárdico: aspectos ecocardiográficos.

Os cistos pericárdicos representam cerca de 5-7% de todas as massas mediastinais. Podem ser de origem congênita, resultante de uma falha na formação das lacunas mesenquimais do saco pericárdico, ou adquiridos, como nos casos de cisto hidático ou após algum processo inflamatório local.

Normalmente são assintomáticos e detectados de forma incidental, manifestando-se como alargamento do mediastino na radiografia de tórax, por exemplo.

ESQ – Rx de tórax com alargamento mediastinal / DIR – ecocardiograma demonstrando cisto pericárdico como causa da alteração radiológica

Comumente estão localizados no ângulo (seio) cardiofrênico direito (mais frequente), no mediastino ântero-superior ou no mediastino posterior.

Janela paraesternal longitudinal demonstrando cisto pericárdico (#)

À ecocardiografia, se caracterizam como uma massa cística ecoluscente, esférica e unilocular, com margens bem delimitadas (o que ajuda a diferenciar de um derrame pericárdico loculado).

Janela Apical 5C – observar bordas bem delimitadas do cisto
Retirado de: https://www.youtube.com/watch?v=jnqf76tSQh0

Apesar de ter comportamento benigno na maioria dos casos, algumas complicações podem ser possíveis: morte súbita, tamponamento cardíaco (ruptura do cisto), obstrução da via de saída do ventrículo direito, estenose pulmonar e fístula para a veia cava superior ou parede do ventrículo direito.

Quando assintomático, o acompanhamento periódico se mostra seguro, sendo a drenagem percutânea ou a ressecção cirúrgica do cisto indicadas na presença de sintomas e/ou complicações.

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