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DICAS DE ECO TRANSESOFÁGICO

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Análise da insuficiência aórtica

Segundo a classificação da ASE (JASE 2017; 30:303-371), a insuficiência aórtica pode ser dividida nos seguintes grupos (Figura 1):

Figura 1. Tipos de valvopatia aórtica. Acima, formas congênitas. Embaixo, formas adquiridas (senil, com calcificação das cúspide e reumática, com fusão comissural).

Sugere, ainda, uma classificação em 3 tipos, de forma semelhante à utilizada para a insuficiência mitral (Figura 2).

Figura 2. Classificação morfológica da insuficiência aórtica.

O ETE é importante para avaliação da insuficiência aórtica porque permite avaliar com maior precisão os três componentes do fluxo: largura do jato, vena contracta e área de convergência do fluxo (Figura 3).

Figura 3. Os 3 componentes do refluxo: largura do jato em relação ao diâmetro da via de saída do VE, tamanho da vena contracta (VC) e fluxo de convergência (FC).

Devido à maior definição das imagens, o eco transesofágico pode determinar, em cortes de esófago alto longitudinal, o diâmetro da vena contracta e, em cortes de esófago alto transversal, a área do orifício regurgitante, fatores importantes para a classificação da (Figura 4).

Figura 4. Determinação do diâmetro da vena contracta (esquerda) e da área do orifício regurgitante (direita) utilizando o ecocardiograma transesofágico.

O corte transgástrico profundo permite, também, registrar o fluxo e o refluxo aórtico com bom alinhamento do Doppler (Figura 5).

Figura 5. Corte transgástrico profundo, com o ângulo do transdutor a zero graus, permitindo a visualização da via de saída do VE e da porção inicial da raiz da aorta.

Isto possibilita determinar, além dos gradientes sistólicos, a integral da velocidade da regurgitação, permitindo o cálculo do volume regurgitante, outro item importante para classificar a insuficiência aórtica (Figura 6).

Figura 6. Determinação, com Doppler contínuo, da integral da velocidade do fluxo regurgitante aórtico.

Com todos os parâmetros acima, obtidos com a ecocardiografia transesofágica, podemos classificar o grau da insuficiência aórtica utilizando o Guideline ASE 2017 (Tabela 1).

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