A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética de herança autossômica dominante, caracterizada por um ventrículo esquerdo espessado na ausência de outras condições cardíacas ou sistêmicas capazes de produzir hipertrofia.
- Forma mais comum: septal assimétrica
- Principal causa de morte súbita cardíaca em pessoas jovens e em atletas.
Como é a fisiopatologia? - Disfunção diastólica: responsável pelos sintomas de IC.
- Obstrução da VSVE: presença de gradiente sistólico de pico > 30 mmHg. A principal causa de obstrução da VSVE é o movimento anterior sistólico da valva mitral (SAM). Em 30% dos pacientes, observa-se uma obstrução dinâmica na VSVE após realização de exercício físico ou manobra de valsalva.
- Isquemia miocárdica: responsável por 50% dos sintomas de angina.
- Dx diferencial: HAS não controlada, estenose valvar aórtica, doença de Fabry, amiloidose e coração do atleta.
- Ecocardiograma: principal método diagnóstico da CMH. Espessura do septo ou da parede posterior > ou = 15 mm ou > ou = 13 mm em pacientes com história familiar positiva determina o diagnóstico. Outros achados: insuficiência mitral, VE de tamanho normal ou reduzido, aumento de AE.
- RNM: exame de maior acurácia. Presença de fibrose miocárdica pela técnica do realce tardio.
- Rastreamento de parentes de primeiro grau de pacientes com CMH.
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Atua como médica ecocardiografista, na ECOPE, A+ Diagnóstico e Icordis. É pós-graduada em Ecocardiografia, pela ECOPE/Universidade Católica de Pernambuco. Possui título de especialista em Cardiologia, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). E é graduada em medicina, pela Universidade de Pernambuco (UPE).