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Avaliação da Função Diastólica em Pacientes com Cardiomiopatia Restritiva e Pericardiopatia Constritiva

As cardiomiopatias restritivas incluem uma série de doenças que afetam o miocárdio e provocam restrição ao movimento deste, com progressiva redução das funções sistólica e diastólica. Exemplos de doenças restritivas: amiloidose e sarcoidose.

A maioria dos pacientes em estágios iniciais da doença tem disfunção diastólica graus 1 e 2. Com o avanço da restrição, a disfunção diastólica progride para o grau 3, com valores de referência, usualmente, um pouco mais acentuados, em relação às alterações observadas em outros tipos de cardiopatias com enchimento de padrão restritivo, a saber:

Na pericardiopatia constritiva, o miocárdio encontra dificuldades para relaxar, porque o pericárdio é quem impede o correto relaxamento do ventrículo esquerdo (VE) e então observamos algumas particularidades:

Observação: outras condições, como doença arterial coronariana (com alteração da contratilidade segmentar do VE), podem afetar o deslocamento do anel mitral e produzirem o padrão de annulus reversus. Discutiremos estes casos específicos em outros posts.

Paciente com cardiomiopatia restritiva (amiloidose). Padrão de enchimento restritivo, com E/A > 2,5; mapa polar com preservação apical; Doppler tissular com marcada redução das velocidades de deslocamento do anel mitral. Disfunção Diastólica grau 3.
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Casos de pericardite constritiva. Acima, um caso de pericardite tuberculosa, com formação de traves fibrosas entre as duas lâminas pericárdicas (parietal e visceral). Observem que o ventrículo esquerdo possui músculo de aparência saudável, com boa contratilidade em todos os segmentos, com anel mitral septal mais móvel, em relação ao lateral, que está aderido ao pericárdio doente. Abaixo, outro paciente com pericardite constritiva, em que é possível observar pericárdio hiperrefringente e espessado, com miocárdio normal. 
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Caso de paciente com miocardiopatia restritiva (amiloidose). Notamos hiperrefringência e aumento da espessura das paredes miocárdicas, com redução da sua capacidade contrátil, difusamente, devido à infiltração amiloide. 

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