O tecido mitral acessório é uma malformação cardíaca rara causada por uma separação anormal ou incompleta da valva mitral do tecido endocárdico durante a fase embriogênica.
Pode apresentar-se isolada ou associada a outras alterações estruturais, tais como defeito de septo interventricular (CIV) e transposição de grandes artérias. O diagnóstico na idade adulta é raro, ocorrendo em 1 a cada 26 mil ecocardiogramas.
Tem morfologia variada, sendo descrito como estrutura sacular, em formato de paraquedas (parachute-like), semelhante ao folheto valvar, membranosa ou massa pedunculada.
Dada esta variabilidade, há uma classificação proposta por Prifiti et al., baseada em achados intraoperatórios e que consiste em:
- Tipo I: fixa
- Tipo II: móvel
- Tipo IIA: móvel pedunculado
- Tipo IIB: móvel e com formato semelhante ao folheto valvar
- Tipo IIB1: com cordoalhas rudimentares
- Tipo IIB2: com cordoalhas bem definidas
O sintomas irão depender do grau de obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE), bem como da interação com os aparatos valvares mitral e/ou aórtico.
Contudo pode ser um achado durante exame de rotina ou na investigação etiológico de sopro cardíaco. Histologicamente, costuma-se observar tecido valvar com degeneração mixomatosa.
Graduado em medicina pela Universidade Potiguar (UnP). Possui residência em Clínica Médica pelo Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL (UFRN) e em Cardiologia pelo Procape – UPE. Porta o título de especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e é pós-graduado em Ecocardiografia, pela ECOPE.