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Dicas para otimizar a imagem ecocardiográfica bidimensional 2D – (parte 5)

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Seguimos com nossa fala, neste quinto post ECOPE, sobre Dicas para Otimizar a Imagem Ecocardiográfica.

A ultrassonografia é um método de imagem para diagnóstico altamente dependente do operador. Visto isso, precisa-se entender os parâmetros que dizem respeito à formação da imagem que dependem da ação direta deste profissional. Há alguns que podem ser ajustados antes, durante e pós exame.

Diferentes configurações ecocardiográficas são necessárias para os vários biotipos. Esta variedade ocorre devido a diferenças em termos de profundidade da região de interesse, tipos de tecidos, particularidades da anatomia cardíaca de cada paciente e até de alguma dor ou doenças paralelas que podem dificultar o manuseio do transdutor.

Nesse quinto post abordaremos os seguintes parâmetros: Imagem Dual, Cine loop e pós processamento.

1. Imagem Dual – É um modo de apresentação em que um lado da imagem é ativa, em tempo real, e o outro é inativa, ou seja, congelada e que pode ser usada para rever imagens no mesmo ciclo. As imagens podem ser manipuladas separadamente. Muito útil para comparar imagens, rever, congelar movimentos e também para fazer medidas pelo método de SIMPSOM, (Figura 1).

2. O cineloop é um controle adicional que exibe os quadros de imagem adquiridos nos últimos segundos antes de congelar a imagem. Permite ao operador avaliar e selecionar o melhor quadro, para fazer medidas ou mesmo para armazenar e documentar. Os equipamentos hoje conseguem armazenar até mais de mil quadros anteriores ao congelamento. Este método também serve para observar os passos dos movimentos cardíacos, favorecendo a percepção de alguma anomalia difícil de observar com o órgão em movimento.

Exemplo de cineloop

3. Pós processamento – Além das configurações de presets, ou seja, realizadas no momento do exame, mencionadas acima, os equipamentos atuais oferecem alguns recursos de pós-processamento, tais como: a possibilidade de escolher mapas de cores diferentes para exibição em tons de cinza e assim melhorar as bordas e contornos etc.

São vários os parâmetros que podem ser alterados para ajustar uma imagem após a ter sido congelada ou mesmo aquela que foi armazenada no HD da máquina, para cada modo: 2D, MMode, Doppler Colorido, Pulsátil ou Contínuo, seus respectivos parâmetros podem ser modificados para melhorar a visualização.

Cada fabricante tem seus parâmetros definidos para alteração, havendo a necessidade de conhecer a máquina que se está utilizando, mas de modo geral os mais básicos são possíveis alterar em todos os fabricantes. O que favorece um ajuste da imagem de acordo com a necessidade ou gosto do operador a fim de proporcionar um diagnóstico mais confiável e, principalmente um manuseio da máquina de acordo com a individualidade do operador e as necessidades requisitadas pelas particularidades dos pacientes.

Outros parâmetros podem ser ajustados, por exemplo, em relação ao transdutor. Ao selecionar o transdutor setorial adulto ou infantil, a aplicação clínica cardíaca, automaticamente ajusta as configurações básicas de frequência do transdutor, potência de saída acústica, ganho geral, faixa dinâmica, profundidade e outros parâmetros relacionados.

Concluímos este post, chamando atenção para o fato de que cada exame é único, cada operador possui suas preferências e, principalmente, cada paciente ou estrutura a ser diagnosticada tem suas particularidade. Ajustar as configurações para os diversos biotipos pode levar tempo, porém quando o operador está bem familiarizado com os diferentes parâmetros que envolvem a formação e otimização de imagem, pode melhorar significativamente a qualidade e confiabilidade do exame.

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